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a thousand books

Qui | 19.11.20

Review | A Espada do Destino

| Com 4,5 ⭐︎ |

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Sobre a literatura fantástica, as narrativas de Sapkowski conquistaram-me pela nova perspetiva que oferece aos velhos clichés. A verdade é que tudo começou com um concurso para autores de contos anunciado pela revista Fantastyka. A pedido do filho, Sapkowski escreveu um conto chamado “O Bruxo” e, apesar de não ter ganho, foi votado como o Melhor Conto Polaco de 1986, o suficiente para que os fãs o enchessem de pedidos e exigências para mais contos.

 

A Espada do Destino, o segundo volume de contos compilados da saga The Withcer, caracteriza-se por uma atmosfera carregada de suspense e humor cínico. Sapkowski já nos habituou à construção de um leque de personagens imaginativas com personalidades intensas, ao mesmo tempo que nos permite acompanhar a evolução do carácter de personagens como o Geralt, o Jaskier e a Yennefer. É no meio de um enredo fantástico construído ao detalhe e muito bem explorado que, uma vez mais, as princesas, os demónios, os bruxos, os feiticeiros e até as criaturas monstruosas desafiam o seu próprio destino. Uns acreditando que está mais do que definido, outros defendendo a premissa de que é possível renunciar ao seu destino.

 

Sobre a narrativa, assistimos ao regresso do misterioso bruxo Geralt de Rívia, temido pela sua profissão e pela sua reputação de assassino sem misericórdia. É a vaguear pelas florestas e cidades à procura de monstros e demónios saídos de lendas antigas e dignos de serem mortos, respeitando sempre o seu código de conduta pessoal, que Geralt protege os inocentes e as vítimas do mal. É nas suas aventuras que percorre os quatro cantos do mundo, conhecendo personagens que acabarão por influenciar o seu destino, acabando mesmo por se envolver nas mais extraordinárias histórias de amor, sacrifício e coragem. E, aos poucos caminha para o maior desafio da sua vida: a guerra iminente entre todas as raças.

 

Vivemos num mundo asqueroso, mas isso não é motivo para nos tornarmos também asquerosos. Precisamos de bondade e de ternura.”

 

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