Quando não é o som das pipocas aquilo que mais incomoda.
Gosto muito de ir ao cinema. Há filmes que merecem ser vistos na grande tela do cinema. Outros ficam-se pelo ecrã de um computador, apenas porque sai sempre mais barato {tudo dentro da legalidade, ou então, nem por isso}. Mesmo assim, os nossos comportamentos enquanto vemos um filme tem que se adaptar às circunstâncias, às pessoas que estão à nossa volta, e ao local onde nos encontramos.
Pacotes de pipocas enormes que começam a cair, e o filme ainda não começou é já característica incontornável de qualquer sala de cinema, de norte a sul do país. Pessoas barulhentas a contar as últimas novidades, parecendo que não se vêm já lá vai uma década, também não nos choca. Agora, uma coisa é a barulheira durante os anúncios publicitários, os traillers das próximas estreias, e outras coisas chatas que vão aparecendo pelo meio, outra é o barulho de fundo durante todo o filme. Não sabem fechar a matraca? Ou é algo que se impõe contra a vossa vontade e vos impedem de estarem uns minutos em silêncio?
A questão é que se eu quisesse assistir a um filme comentado, mais depressa iria a um jogo de futebol. As crianças, e adolescentes são os piores. As crianças sempre em modo relato, a tentar adivinhar o que se vai passar a seguir, e com bexigas muito irrequietas; os adolescentes sempre com o modo hormonal ativo, a compararem os personagens ao seu quase infinito círculo de amigos, conhecidos e até inimigos; e quando existem um beijo, ou alguém aparece em trajes menores é o descalabro total.
Além disso, raras são as pessoas que ligam às advertências feitas pela NOS. Ninguém vai gravar integralmente todo o vídeo, tal como também ninguém vai deixar a sala como a encontrou, ou seja, limpa. Já sabemos que não vale a pena dizerem-nos para não fazer posts, porque os stories do Instagram tem que ser alimentados, e as idas ao cinema revelam-se um bom conteúdo. Agora respeitem aquela norma dos telemóveis. Coloquem-nos no silêncio, ou em modo voo. Ninguém quer ouvir a música que, clandestinamente, utilizam como toque principal. E já agora, se não for pedir muito, reduzam a luminosidade se querem mandar mensagens. Eu, que paguei bilhete porque quero mesmo assistir ao filme, não quero saber da vossa vida íntima {muito menos com pormenores cabeludos!}. Era só isto. Obrigada.
E vocês, ainda vão ao cinema? Ou já se renderam às maravilhas da ilegalidade que a internet tão prontamente nos oferece?
beijinhos **
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